No final da semana passada, o presidente do grupo Samel, Luiz Alberto Nicolau, divulgou nas redes sociais uma espécie de “ventilador não invasivo” desenvolvido, segundo ele, pelos cientistas da empresa em parceria com Instituto Transire.

Denominada pela equipe da Samel com o nome de cápsula de ventilação não invasiva, a engenhosa de Luiz Nicolau, construída com plástico transparente e cano de PVC, para o tratamento de pacientes com coronavírus, não alcançou a repercussão desejada e, em vez de aplausos, contabilizou muitas críticas da comunidade científica.

Insatisfeito, Luiz Alberto Nicolau voltou às mídias sociais e bombardou o mundo científico e, sobretudo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e suas diretrizes direcionadas ao tratamento do paciente com coronavírus.

Segundo o dirigente da Samel, o mundo inteiro está errado ao recomendar a entubação orotraqueal precoce, procedimento que, conforme enfatizou, tem contribuído para elevar as estatísticas de letalidade.

Apesar de acreditar e defender apaixonadamente o invento desenvolvido pelos técnicos da Samel, a cápsula de Luiz Alberto Nicolau não foi defendida e publicada em nenhum revista reconhecidamente científica – condição indispensável para o reconhecimento do estudo e de seus objetivos que se propõe.

“Nós somos referência no tratamento da Covid-19, nos hospitais particulares. Nós temos hoje por volta de 50 pacientes internados. Anteontem, demos 13 altas, ontem nós demos 7, 13 altas para casa, ontem, 5 para casa e 2 saindo da UTI para os apartamentos”, disse, em tom de desabafo Luiz Alberto Nicolau.

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